Sim, é uma doença, mas tem tratamento, tanto para humanos como para os animais (cães e gatos).
Atualmente, temos verificado um grande número de animais (cães e gatos principalmente) infectados por uma zoonose, chamada de ESPOROTRICOSE.
Infelizmente a doença só é detectada quando sinais evidentes como feridas pelo corpo, ou apenas uma pequena ferida geralmente no nariz, fica perceptível.
O mais grave, além da falta de informação dos proprietários dos animais, é a indicação ERRÔNEA, que muitos veterinários vêm prescrevendo, a eutanásia.
A FIOCRUZ, é o órgão que GRATUITAMENTE, consulta o animal e o proprietário, caso necessário. Por isso, qualquer sinal de dúvidas, não hesite, marque uma consulta pelo telefone: 3865-9536 (Serviço de Zoonoses – IPEC, Manguinhos na Av. Brasil)
Vamos entender o que é esporotricose
A ESPOROTRICOSE é uma doença causada por um fungo, o Sporothrix schenckii, que pode ser encontrado em algumas plantas e locais de pouca higiene (áreas carentes principalmente). Tradicionalmente, a doença pode ser adquirida através de ferimentos obtidos no manuseio
de vegetais contaminados, ou no contato com a terra infectada.
A infecção ocorre quando o fungo é inoculado no tecido subcutâneo.
Como na maioria das vezes a pessoa adoece por ter se cortado com espinhos, a esporotricose também ficou conhecida como “doença da roseira”.
Sintomas da doença
Os sintomas, tanto em humanos quanto em animais, incluem feridas pelo corpo, dores nas articulações, perda de apetite, febre e ínguas.
Geralmente os sintomas começam com uma lesão na pele que começa a inflamar e vira uma espécie de úlcera purulenta (uma ferida). Quando não tratada, as feridas se alastram por todo o corpo, e para os gatos, a doença pode ser fatal. Já os seres humanos raramente morrem.
Por enquanto, a esporotricose só pode ser reconhecida depois que as primeirasmferidas aparecem. Recolhendo secreção da ferida e fazendo biopsia (exame), os médicos podem concluir o diagnóstico.
O Gato
A esporotricose pode ser adquirida por várias espécies, incluindo cães, animais silvestres e o próprio homem. Os gatos, entretanto, estão sendo INJUSTAMENTE considerados os maiores transmissores do fungo, apesar de serem apenas uma entre as várias espécies, e são apenas os mais SENSÍVEIS a doença.
A posse irresponsável é a maior culpada, pois as pessoas deixam seus gatos saírem as ruas, e, ainda por cima, a grande maioria desses animais não são esterilizados (castrados), o que aumenta a incidência de brigas e arranhões, e, conseqüentemente, a transmissão da doença.
O Que Fazer ?
Primeiramente, seria muito importante a capacitação da classe médica veterinária na correta informação quanto à doença, informando principalmente, que é uma doença TRATÁVEL e a Fiocruz mediante marcação prévia por telefone, consulta o animal, e caso necessário,
dependendo da avaliação, pode fornecer gratuitamente a medicação.
Além disso, é importantíssimo atitudes de responsabilidade do proprietário com o animal, para evitar contaminação.
A própria Fiocruz se pôs a disposição dos serviços de saúde para capacitar profissionais que possam detectar e tratar a doença, além de promover campanhas educativas para que as pessoas não abandonem nem matem os animais.
Recomendações ao responsável pelos gatos com esporotricose:
# Isolar os gatos suspeitos ou doentes de outros animais, mantendo-os dentro da residência.
# Procurar manusear o animal com luvas de látex e após o uso, lavar
as luvas com água e sabão (medidas básicas de higiene são IMPORTANTÍSSIMAS)
# Desinfetar o ambiente com água sanitária ou cloro.
# Não oferecer alimentos com leite ou derivados (queijo, manteiga, requeijão, etc).
# A duração do tratamento é prolongada e variável.
# Nunca interromper o tratamento sem autorização do Médico Veterinário
# Caso o animal apresente diminuição do apetite, vômitos ou diarréia freqüentes, entrar em contato com o Serviço de Zoonoses.
# Não faltar as revisões agendadas.
# Seguir todas orientações dos veterinários da fiocruz sobre tratamento e manejo.
Evite que seu animal saia as ruas, ESTERILIZE / CASTRE !
CAMPANHA DO ELÁSTICO CONTRA A ESPOROTRICOSE