O médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti mostrou surpresa ao tomar conhecimento da opinião do Centro de Controle de Zoonoses sobre sua pesquisa que, segundo ele é, extremamente científica e embasada em laudos obtidos através deu um conceituado laboratório da Cidade. Filetti lembra que o Centro de Controle de Zoonoses, em 1992, divulgou que os gatos da praia estariam transmitindo doenças (verminoses) para os seres humanos. O veterinário relata que resgatou os animais do local onde haviam sido capturados pelo Setor de Apreensão de Animais da Prefeitura Municipal de Santos, depois de pagar por todos eles a taxa devida e foram levados para sua clínica Realizados minuciosos exames nos felinos, feitos por laboratórios de Santos, chegaram ao laudo negativo, que comprovou que os gatos não transmitem as doenças alegadas pelo Centro de Controle de Zoonoses. Os animais ficaram ainda à disposição de quem desejasse realizar novos exames. O laudo dos irmãos Filetti em nenhum momento foi contestado por qualquer órgão público. O médico demonstra maior estranheza quando relata que a opinião do Centro de Controle de Zoonoses não foi embasada cientificamente e até agora não liberaram nenhum laudo oficial na imprensa como prometeram. Filetti ressalta que respeita o Centro de Controle de Zoonoses e a Prefeitura, mas que não descarta a possibilidade de tomar providências contra o Setor, caso persistam com a atitude, segundo o médico, pouco ética, de denominar o seu trabalho como inconcebível ou sem respaldo científico. Pesquisa Os médicos veterinários Eduardo e Celso Ribeiro Filetti realizaram, em conjunto com a Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes (Uniceb), uma pesquisa que visava constatar se as fezes dos pombos causam doenças ao homem. Em conjunto com 72 alunos do curso de Biologia da Uniceb, foram coletas amostras do material em diversas áreas de Santos e São Vicente e, depois de analisadas, resultaram como negativas. Ficou comprovado, segundo os irmãos Filetti, que as fezes dos pombos não oferecem risco nenhum para as pessoas. O Centro de Controle de Zoonoses, ao tomar conhecimento do resultado da pesquisa, acusou o trabalho realizado de inconseqüente e sem amparo científico. A coordenação do Centro disse ainda que iria liberar um laudo oficial através da imprensa, contestando a pesquisa. Segundo Eduardo Filetti, a única forma de haver prejuízo na saúde humana é no caso de contato de fezes das aves com areia da praia, local propício para a proliferação dos microorganismos existentes nas mesmas. Para ele, a solução é impedir que os pombos sejam alimentados na Orla da Praia. A pesquisa foi realizada gratuitamente, segundo o veterinário, na intenção de colaborar com a Prefeitura para que os problemas possam ser minimizados na Cidade, principalmente com a chegada da temporada.