Da Sucursal A população de pombos em Praia Grande pode crescer 100% nos próximos cinco anos. O alerta é do veterinário Eduardo Filetti que concluiu um estudo na Cidade promovido pela Universidade Santa Cecília (UNISANTA), envolvendo 80 alunos do 2 ao 4 ano de Biologia, para identificar os fatores que podem causar a superpopulação de aves no Município. Segundo Filetti, a população atual de pombos é calculada em cerca de 40 mil. Mas pode chegar a 80 mil em 2005. “Como não existe um predador natural eles acabam se proliferando de forma rápida e isso pode produzir consequências negativas no futuro. O estudo da Unisanta foi realizada em todos os bairros. Através de armadilhas colocadas em pontos estratégicos, os alunos cobriam trechos de terrenos com folhas de plástico e comida para atrair os pombos. Todo material que as aves deixavam no local coletados para serem analisados na universidade. De acordo com o Filetti, as primeiras conclusões indicam que os moradores devem começar a preocupares com a possibilidade de superpopulação da ave. Não se pode comprovar que o pombo transmite diretamente doenças ao homem. No entanto, isso não deve servir de estímulo para que as pessoas mantenham contato direto com a ave, ou promovam uma matança desenfreada. Isso não resolveria absolutamente nada. Filetti explica que o problema maior são as fezes do pombo, que podem servir de porta de entrada para doenças contagiosas como conjuntivite e micose. As fezes podem atrair doenças mais tarde, seja na rua ou na areia da praia por exemplo. Segundo ele, em algumas cidades da Itália o problema foi sanado através de um sistema de controle adotado como método anticoncepcional. A medida poderia ser aplicada pelas Prefeituras da Baixada Santista para evitar problemas futuros. Os técnicos da Vigilância Sanitária na Itália, misturam um tipo especial de ração junto com o alimento especial fornecido as pombos. Com isso, eles ficaram sem condições de reproduzir e o número de aves no perímetro urbano acabou se estabilizando, disse Filetti.