Os indesejáveis pombos que vivem entre as cidades de Santos e Guarujá (SP) serão mapeados em um levantamento que visa estudar o comportamento das aves na Baixada Santista. O objetivo é identificar os principais pontos onde as aves aparecem para planejar o combate e evitar doenças como a meningite.

O último senso sobre o assunto, realizado em 2007,indica a proporção é de quase um pombo para cada três moradores. Mas os especialistas acreditam que esse número cresceu. Quem comanda a pesquisa é o veterinário Eduardo Filetti, em parceria com a Universidade Santa Cecília (Unisanta). “Estamos mapeando essas duas cidades para ver quais são os pontos que possuem mais pombos, coletar as fezes e levar para o laboratório e analisar”, explicou.

Avanço

Segundo o veterinário, um dos fatores que explicam o avanço das aves é a proximidade com as atividades portuárias. “Nós temos muita alimentação no Porto, pelas cidades, pelo lixo e não tem predador. A região tem poucos falcões, gaviões e a tendência é eles crescerem mesmo”, afirma Filetti.

A Prefeitura de Santos iniciou este ano uma campanha que visa esclarecer a população quanto aos perigos do contato com os as aves. As fezes dos pombos transmitem até 70 doenças, entre elas, a meningite, que pode causar a morte.

Ações educativas

De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde de Santos, Ana Paula Valeiras, além de ações educativas para complementar o trabalho de prevenção de doenças, as equipes de saúde têm feito inspeções em formato de força-tarefa. O grupo é formado por técnicos da Sevicoz (Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses da Prefeitura), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Codesp e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Técnicos e agentes da Sevicoz também tem feito alertas em eventos. “Fizemos um planejamento junto com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e demais órgãos para intensificar o controle”, lembra.

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