Expresso Popular – pág. 7 – SEXTA-FEIRA 06 MAR 2015 – Geral / PRAGA URBANA
EGLECISTERNA
Eles estão em cima dos edifícios, em praças, igrejas, no porto. E quando não estão por perto, é fácil identificar seus locais prediletos, pelos rastros de sujeira que deixam pelo chão.
Agora, mais uma vez,os pombos vão entrar na estatística: a partir da semana que vem, um grupo de 78 universitários da Universidade Santa Cecília (Unisanta) vai às ruas para verificar a evolução da espécie e levantar um perfil infecto-parasitário dos pombos em Santos e São Vicente.
Este será o terceiro levantamento do tipo. Em 1995, houve o primeiro, que estimou a população de pombos daregião em 80 mil animais. Repetido em 2007,constatou que o número de aves havia dobrado, passando para 160 mil.
“Acredito que o resultado desta nova pesquisa deve surpreender a todos”, conta o veterinário Eduardo Filetti, um dos coordenadores do estudo.
Método
A estimativa do número de pombos é feita a partir da observação de fotografias feitas em vários pontos das cidades. “Só em uma foto no Valongo consegui contar 700 pombos. É muita coisa”, afirma o médico.
Para fazer o estudo, os participantes vão analisar em 130 pontos das duas cidades o comportamento das aves, sua reação à poluição, o tipo de alimento, entre outras coisas.
O estudo deve ficar pronto até o início do próximo ano, quando Filetti quer ampliar a investigação para outras cidades da região.
Prevenção
A proliferação de pombos na região deve-se a três fatos principais: à falta de gaviões, predadores naturais; à fartura de alimentos, principalmente na região do porto; e às pessoas que têm o hábito de alimentar essas aves.
“As pessoas acham que são bichos inofensivos, ligam a imagem do pombo à paz, ao Espírito Santo, mas é uma ave que pode transmitir uma série de doenças, inclusive a meningite”, explica Ana Paula Valeiras, coordenadora de Vigilância em Saúde de Santos.
Ações
Para tentar reduzir esse problema, a Prefeitura vem realizando fiscalizações e uma série de ações educativas com a população, turistas e empresários portuários. “Para se proliferar, os pombos precisam de alimento, abrigo, acesso a locais fechados e de água. Estamos orientando as pessoas para que se evite isso”,conta Ana Paula.
Porém, vale lembrar que estas aves são protegidas por lei federal e não podem ser mortas. “Ensinamos como as pessoas podem afastá-las e damos capacitações para empresas também”.
Cada vez mais
80 mil em 1995 / 160 mil em 2007
As pessoas acham que são bichos inofensivos, ligam a imagem do pombo à paz, ao Espírito Santo, mas é uma ave que pode transmitir uma série de doenças, inclusive a meningite”. Ana Paula Valeiras, coordenadora de Vigilância em Saúde de Santos Número de aves não para de crescer e preocupa,principalmente, porque eles transmitem doenças graves.
Quem tem problemas com pombos pode pegar informações de como acabar com o problema pelo telefone 3257-8030.