A Tribuna – A-6 Local
Segunda-feira 16 março de 2009
Animais
Da Redação

O anúncio do lançamento de una vacina para esterilizar cães está preocupando especialistas na área de veterinária, que contestam a eficácia do método,que pode resultar em problemas de saúde para o animal.


Médico veterinário, Eduardo Filetti é um dos que se posicionam contra a técnica. “A forma que conhecemos, que consiste na aplicação de injeções de gluconato de zinco nos testículos, não é a mais apropriada. Tanto que foi banida dos Estados Unidos e da Europa”.

Filetti explica que o animal acaba se submetendo a um lento processo de fibrose (formação de excesso de tecido no organismo) e até em câncer.
“No México essa técnica até foi colocada em prática, mas não obteve êxito. Foi uma experiencia mal sucedida”.


Não há uma garantia de que a aplicação da vacina não irá produzir dor no animal. “Isso precisa ser avaliado por intemédio um estudo bem aprofundado, com um trabalho científico publicado em revistas especializadas, para analisar se o medicamento produz ou nao algum tipo de efeito colateral”.

Filetti cita ainda que esterilizar parte da população de animais machos nao resolve. “Basta que sobre um sem a aplicação. Ele poderá vir a fecundar diversas fêmeas”.

Para o veterinário, o método mais seguro de controle é a castração. “Além disso, é preciso estimular a posse responsável do animal”.


O também médico veterinário Wilson Grassi defende uma ampla mobilização contra a libertação da vacina:
“Até que várias questões se esclareçam e que trabalhos científicos amplos sejam efetivamente levados a termo”.