Mais do que reunir em uma manhã parte da grande população de cachorros de Santos, a 3ª; Cãominhada TV Tribuna, realizada domingo, comprovou que o mercado destinado ao atendimento de animais de estimação está aquecido e ainda tem espaço para crescer.

Mais de 40% das milhares de pessoas que compareceram à Cãominhada gastam mais de R$ 100, 00 por més com cada cão, e 29% dos participantes tem mais de um animal. Quando questionados sobre o que falta na Cidade para atender seus bichos de estimação, 23,7% sugeriram a criação de planos de saúde, 12,3% sentem a falta de um pet shop gigante e diversificado, 15% de hotéis para cachorros.

Os números são os resultados do levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT) na 3ª Cãominhada. Os pesquisadores entrevistaram 414 participantes durante o evento, na manhã de ontem, e a margem de erro é de 3.5%.

Conforme a pesquisa, de 15,5% dos proprietários de cães que compareceram ao evento gastam mais de R$ 200,00 mensais com alimentação e cuidados dos seus animais. Outros 28,6% reservam de R$ 100,00 a R$ 200,00 no orçamento para esse fim.

Por meio de cálculos feitos com base nos resultados do levantamento, o coordenador do IPAT, Alcindo Gonçalves, estimou que a média dos gastos com cada cão, entre os participantes, seja de R$ 115, 00. é uma quantia considerável”, afirmou o coordenador.

Outro dado que chamou a atenção, segundo Gonçalves, foi o número de pessoas que criticaram a falta de áreas de lazer espalhadas por Santos e destinadas a animais. Esse público representa 46,1% dos que responderam à pergunta é O que falta na cidade para melhor atender os animais de estimação?”. “Esse item é uma dica para o prefeito, para criar novos espaços, até porque hoje, a orla é muito limitada”.

Para Gonçalves, o percentual de pessoas que indicaram a criação de planos de saúde para animais como uma caréncia a ser suprida é relevante e evidencia um filão de mercado não explorado atualmente.

Sócio-proprietário da Clínica Veterinária Filetti, Celso Ribeiro Filetti lembrou que, há alguns anos, Santos teve uma empresa que oferecia planos de saúde, mas não houve adesão porque a tabela de pagamento por atendimento tinha valores baixos.

“Não compensou também porque as clínicas tem clientes fiéis e, se o plano não englobar várias clínicas, não vai dar certo”, avaliou ele. “Mas com certeza há espaço para esse ramo”.