Estudo realizado pelo médico veterinário, diretor da Clínica Veterinária Filetti, e pesquisador da Universidade Santa Cecília, professor Eduardo Ribeiro Filetti, e alunos do curso de Ciências Biológicas, indicou uma estabilização no número de pombos em Santos e São Vicente durante a pandemia, além de mostrar a proximidade dessas aves com os seres humanos, através de agentes patogênicos encontrados nas fezes.

A pesquisa foi realizada em 102 pontos das cidades, no período de fevereiro a agosto. Ao todo, a equipe reuniu 408 amostras de fezes, que foram coletadas após a alimentação das aves. “Colocávamos plástico de 2×3 metros no chão com comida para as aves, das 6 às 8 horas da manhã, principalmente nos finais de semana, pois o número de pessoas nestes dias e horários é menor, tem menos interferência”, explicou Filetti.

Foi constatado no estudo que o número de aves da região está em estabilidade desde a última pesquisa, em razão da diminuição de pessoas na rua que alimentavam esses animais, devido ao isolamento social, já que após a alimentação, as aves tendem a reproduzir. No entanto, apesar da estabilidade, a quantidade de animais na região ainda é alta.

Normalmente, essas aves, descendentes do Columba livia, se alimentam de grãos e farelos, mas, por conta da proximidade com os seres humanos, se acostumaram a comer legumes, frutas, verduras e, até mesmo, resto de lixo.

Outra descoberta do estudo é a presença dos agentes Endolimax nana e Entamoeba coli, naturais do trato intestinal humano, nas fezes dos pombos, comprovando que essas aves estão se alimentando de lixo e fezes produzidas por humanos. Outros protozoários também foram encontrados. São eles:
Chilomastix sp, Giardia sp e Cryptosporidium spp, comum em verduras e frutas mal lavadas; Ascaris lumbricoides, bactéria causadora da Salmonelose; Ancylostoma duodenale, parasita comum em fezes de cães e gatos não vermifugados. Todos esses protozoários podem causar problemas em pessoas com baixa resistência, ou seja, diminuição das defesas orgânicas.

Outro risco de doença vem das fezes secas, que podem conter fungos de difícil diagnóstico, causando doenças graves, como a Histoplasmose e a Criptococose. As fezes molhadas também podem oferecer riscos, como conjuntivites, otites e dermatites.

O pesquisador da Unisanta defende o uso de anticoncepcionais para controle da população de pombos . Ele defende o controle ecológico sem nenhuma maldade contra as aves. As aves cresceram pela falta de predadores e não podemos cometer qualquer maldade contra as aves. Todos somos seres de Deus comenta Eduardo Ribeiro Filetti, médico veterinario.

Médico veterinário pesquisado Eduardo Ribeiro Filetti estudioso dos Pombos na Baixada Santista considerado um dos maiores especialistas da América do Sul