Na verdade as vacinas fazem o organismo ficar atento e produzir defesas ficando alerta para  evitar  a doença. São uma das maiores descobertas da ciência médica e devemos aos russos esta contribuição .A medicina veterinária e os animais também contribuíram para esta descoberta a partir de feridas purulentas onde os cientistas russos começaram a estudar métodos preventivos.

Pela vacina inoculamos o antígeno (vírus ou bactéria inativada ou morta) para que o organismo possa fabricar uma defesa ficando imune quando o real invasor aparecer.

Nos nosso animais de estimação tem se mostrado eficazes durante vários anos protegendo estes novos membros da nossa família. Os cães tomam a vacina V10, Raiva ,Giárdia  e Gripe Canina. Existem outros tipos de vacinas para os cães que devem ser  aplicadas de acordo com a avaliação do médico veterinário .Nos felinos temos as vacinas V4-V5 e Raiva. Já para os ferrets temos a vacina contra cinomose.

Nos seres humanos tem se mostrado muito eficazes  salvando vidas , evitando surtos e enormes prejuízos a economia. Muito simples algumas pessoas criticarem as vacinas, como da gripe dos humanos, comentando nas redes sociais  que tomaram a vacina e  contraíram a doença. Não podemos esquecer que o vírus da gripe em humanos é muito mutante sendo assim todo ano se fabrica uma nova vacina com vírus do momento. Outra situação que pode ocorrer é se for aplicada a vacina e a pessoa estiver com o vírus encubado, pode contrair a doença, não podendo atribuir com falha vacinal pois o vírus da rua age mais rápido no organismo que a vacina.

Como falamos é fácil falar da vacina de gripe e não se vacinar, difícil é sustentar esta prática com a vacina contra Pólio que pode causa paralisia infantil.

Falando de vacinas no caso do Covid-19 temos vários tipos mais todos levam o organismo a produzir anticorpos (células de defesa).

CORONAVAC – vacina que contém o vírus morto (inativado) da Covid 19.Ao entrar no nosso organismo , gera uma resposta imunológica. Uma forma mais comum de produzir vacinas com menor reação.

ASTRAZENECA – Adenovírus não replicante – Esta vacina é feita com vírus vivo, mais não é o coronavírus  e sim o adenovírus presente em chimpanzés. Apesar de vivo, ele é inofensivo, pois não tem o poder de se replicar (multiplicar).

PFIZER – RNA Mensageiro: Aqui não há utilização de vírus, mais sim de uma molécula , chamada RNA . Essa molécula leva uma mensagem até as células, contendo as informações genéticas sobre o vírus. Uma espécie de manual de instruções que ensina as células a criarem uma defesa contra o vírus. Por essa função ela é denominada de RNA mensageiro. Uma técnica moderna muito utilizada na atualidade.

JANSEN – Adenovírus não replicante – Tem uma tecnologia que segundo cientistas e fabricantes permitem que em apenas uma dose o organismo já produza defesa. Tecnologia semelhante a Astrazeneca que utiliza adenovírus. Um matéria genético da proteína tipo S do SARS-Cov-2  que funciona como transportador . Quando a pessoa recebe a vacina composta por adenovírus  , que carrega a informação genética do novo coronavírus , o corpo inicia um processo de defesa e produz anticorpos contra aquele invasor .

Nos vacinarmos assim como levar nossos animais de estimação para que seja efetuadas as vacinas é um ato de amor, proteção individual e coletiva.

Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário e professor universitário, pós graduado em Clínica Veterinária de pequenos animais, Mestre em Saúde Pública , pós graduado em Cirurgia de pequenos Animais, Membro da Academia de Letras de Santos e especialista em Saúde Pública.