Mais da metade das correspondências remetidas por nossos clientes questionam de uma forma ou de outra sobre a vida sexual dos cães, machos e fêmeas, e as possíveis implicações e problemas relativos à abstinência sexual nestes animais. Considerando-se os animais superiores existentes na face da terra, apenas as fêmeas de três grupos de animais podem aceitar o macho a qualquer momento. São elas: a mulher, a coelha e as fêmeas de aves domésticas (galinhas, patos, perus, etc.). Entre todos os outros animais, inclusive os cães, a relação sexual é meramente um ato reprodutivo e somente ocorre quando a fêmea está pronta para reproduzir. Nestes animais este período é conhecido como CIO, ou seja, aquele momento em que a fêmea está fisiologicamente apta para receber o macho e engravidar. A freqüência, época de ocorrência, bem como a duração do cio varia de espécie para espécie. Fora deste período não ocorrem cruzamentos. Portanto, embora não se conheçam pesquisas científicas que possam comprovar esta teoria, mas considerando-se que a natureza é sábia e os mecanismos biológicos existentes na natureza são muito bem controlados e harmoniosos, acredita-se que a abstinência sexual, ou seja, a ausência de relação sexual não afeta a saúde e comportamento do animal. Assim, se você possui um cão macho e ele nunca cruzou não existe nenhum problema. Por outro lado, se você pretende usar seu animal como reprodutor, é importante que desde jovem ele tenha contato com outros cães, machos ou fêmeas, para que ele possa se socializar e aprender a interagir com outros animais. Cães criados sozinhos desde filhotes, tanto machos como fêmeas, ás vezes se recusam a cruzar ou rejeitam o companheiro quando a oportunidade aparece. Quanto ás fêmeas que nunca cruzaram durante a vida reprodutiva, alguns veterinários dizem ter observado uma maior inicidência de tumores em órgãos reprodutivos quando elas envelhecem. Novamente, não se conhecem estudos detalhados sobre o problema e portanto, não se pode afirmar se a causa deste ligeiro aumento na incidência de tumor não é a reprodução da fêmea quando jovem. No caso da fêmea, existem razões que podem até justificar este problema, já que, durante a gravidez e posterior lactação ocorrem mudanças hormonais significativas. Todavia, não acreditamos que se justifique cruzar a fêmea somente por esta razão. Outra dúvida muito comum é o cruzamento de irmãos. Sabe-se que a consangüinidade, ou seja, o cruzamento de animais com alto grau de parentesco é uma faca de 2 gumes. Pode resultar no nascimento de excelentes animais, bem como podem nascer animais defeituosos. Portanto não se recomenda o cruzamento de animais com alto grau de parentesco (pai com filha, mãe com filho, irmãos, etc.).