A Faculdade de Ciências Biológicas da Universidade Santa Cecília (Unisanta) realizou um estudo coordenado pelos médicos-veterinários Eduardo e Celso Ribeiro Filetti. O estudo trata da superpopulação de pombos e como isso poderá afetar a vida dos moradores das principais cidades da Baixada Santista. O estudo chegou a receber elogios da Câmara Municipal. O processo utilizado foi colocar, em pontos estratégicos, comida e folhas de plástico para atrair os pombos e recolher amostras de tudo o que os animais deixavam para trás, incluindo as fezes. De acordo com o resultado a população das aves poderá dobrar até 2005. Os irmãos Filetti dizem que os principais motivos desse crescimento exagerado são a falta de predadores naturais, graças ao desequilíbrio ecológico, e a oferta demasiada de comida que ocorre principalmente na orla da praia. Segundo Eduardo Filetti não existem provas de que os pombos transmitam doenças diretas aos seres humanos. O maior problema é que depois de certo tempo, na areia da praia ou na rua, as fezes poderão trazer doenças contagiosas ao homem como micoses e conjuntivite. De acordo com o veterinário, uma boa medida a ser utilizada na Baixada Santista é o uso de anticoncepcionais. A Itália resolveu o mesmo problema de superpopulação de pombos quando técnicos da Vigilância Sanitária colocaram junto da ração, que era dada aos animais, um tipo de anticoncepcional. Com isso, pombos não puderam se reproduzir estabilizando, assim, o número das aves.
Andréa Néto – Online Unisanta