Os gatos apreendidos nos jardins da orla da praia de Santos, pelo Serviço de Apreensão de Animais da Prefeitura, não estão contaminados pelo Ancylostoma, verme responsável pelo bicho geográfico (larva migrans). A afirmação é do veterinário Eduardo Ribeiro Filetti, que realizou exames parasitológicos nos animais e não constatou nenhuma anormalidade. O especialista preferiu não entrar no mérito político da questão, mas garantiu que os felinos encaminhados à sua clínica, não apresentavam o Ancylostoma. Capturados pela carrocinha do dia 29 de julho, os gatos – que foram colocados na orla em 1988, para evitar a proliferação de ratos – foram levados para o setor de apreensão de animais. Um grupo de moradores, encabeçado por Yolanda Castaldeli e Fausto Melo não se conformou com os métodos usados para apreender os felinos. “Os gatos foram colocados como heróis e, após cumprirem seu papel, foram retirados como vilões”, afirmou um morador. Inconformados, os moradores decidiram se unir e pagar para retirar os animais do setor responsável, ainda mais quando foram informados que os gatos seriam sacrificados após oito dias. O grupo levou os felinos à clínica veterinária, onde ficou comprovado não haver qualquer problema.