A Baixada Santista tem uma população aproximada de um milhão e meio de habitantes e pode estar na casa de 400 mil pombos segundo o grupo de pesquisa coordenado pelo prof. Filetti.

Filetti tem acompanhado de perto estas aves e mostra grande preocupação como o seu exagerado crescimento. Como não temos predadores na região, temos comida em abundância (porto e pessoas que alimentam estas aves) a tendência e que elas continuem crescendo.

No porto existe um derramamento muito grande de sementes e grãos e a pesquisa sugere que se tenha maior rigor com estes transportes para evitar proliferação de pombos e roedores. Os caminhões deveriam ser lavados após a descarga para evitar a queda de grãos remanescentes.

Filetti é contra qualquer maldade contra estas aves , que inclusive são protegidas por lei federal.O grupo de estudos coordenados pelo pesquisador sugere a controle ecológico através de anticoncepcionais.

Sobre as doenças o médico veterinário pesquisou e não encontrou grandes problemas nas fezes dos animais. As fezes eram recolhidas de madrugada , o grupo colocava sacos plásticos (2mx 3metros) no chão com alimentos e como as pombas que tem o habito de defecar após se alimentarem nos forneciam material para estudo.

O maior problema são as fezes secas dos pombos que podemos encontrar facilmente em telhados , abrigos e galpões. Estas fezes possuem fungos e bactérias capazes de causarem perigosas doenças respiratórias nos seres humanos. Sempre quando vamos limpar locais como estes mencionados devemos molhar bem para amolecer estas fezes (ressecadas) e evitar a migração de microorganismos.Ë importante o uso de mascaras e óculos de trabalho para evitar contaminações .

Tentar reduzir o locais que elas vivem também faz parte do seu controle , sem violência com as aves podemos tentar construir grandes pombais em algumas áreas escolhidas na cidade , fazer a migração das aves da região para aquele determinado ponto , ficando mais fácil a administração de anticoncepcionais na comida e podendo explora-las turisticamente. O pesquisador sugere que um grande pombal seja construído na área do CONCAIS  em Santos (área onde atracam os navios de passeio) e a municipalidade vender alimentos para as aves. Em muitas cidades da Europa estas aves são muito bem tratadas mais não deixam de ser atrativos para o Turismo. (Roma, Veneza, Milão etc).

Na Grande São Paulo acredita-se  que devam existir mais de dois milhões de pombos e um controle ecológico devera ser feito.

Um dado importante é que a maioria das escolas de arquitetura e engenharia civil já se preocupam em fazer construções que não permitam o abrigo dos pombos que com certeza pode ajudar muito no seu controle

Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário, professor titular de fisiologia médica e pesquisa da UNISANTA e pós graduado em saúde pública