Os técnicos e especialistas da Prefeitura de Santos vão ter que encontrar outra explicação para justificar o surgimento do bicho geográfico nas praias. A atribuição de transmissão da doença aos gatos que vivem nos jardins da praia caíram por terra, porque nenhum dos animais que foram apreendidos tem vermes que transmitem a infecção. Os gatos capturados na praia pelo serviço de apreensão de animais da Prefeitura foram retirados da “carrocinha” examinados pelo médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti, em sua clínica. Todos os exames de laboratório constataram que os animais não possuem os vermes responsáveis pela transmissão da larva migrans, responsável pelo surgimento da infecção. Filetti acredita que a contaminação que ocorreu na praia se deve ao grande número de mendigos e desocupados. Ele ressalta que é mais cômodo atribuir aos animais a responsabilidade das doenças porque os bichos não tem como se defender das agressões dos homens.