O melhor amigo do homem voltou a se tornar alvo de ladrões na Cidade. Pouco tempo atrás, como custavam caro cães de raças pouco conhecidas no País, o furto era mais comum por causa do alto valor do animal. Alguns exemplos eram os yorkshire e husk siberian, entre outros. Os bandidos furtavam-no para vender para pessoas que se interessavam por animais de estimação. Essa tem sido a suspeita do empresário Ricardo Aurélio Paranhos Prado Coelho, que teve o seu pastor alemão capa preta de cinco meses furtado na madrugada do último domingo, dia 29, em sua loja de motos, na Conselheiro Nébias, 420. O inusitado é que, segundo Coelho, o alvo dos ladrões não eram as motocicletas. O roubo foi gravado por uma câmera de vídeo do estabelecimento, que registrou os marginais arrombando a grade. Por ser filhote e manso, o cachorro não teve dificuldade para passar pelo buraco. “É muito insensível quem levou para vender”, lamentou o empresário. Por causa do posicionamento da câmera, não foi possível identificar os ladrões que, levaram cerca de 30 minutos para arrancar a grade com as mãos. Para aumentar a revolta do empresário, a ação nem despertou a atenção do vigilante, que devia fazer ronda em alguns imóveis, naquele trecho da Conselheiro Nébias. Ele conta que adquiriu o animal – batizado de Korak – com 2 meses de vida em São Paulo e, desde então, virou o xodó da família. A filha de 6 anos foi a que mais criou apego com o cachorro que é dócil e brincalhão. Quando soube que o “amigo” havia sido levado, a menina ficou com febre de 39,5 graus no domingo e na segunda-feira. “Ela nunca teve uma febre tão alta”, lamenta o pai. Preocupado com o estado da filha, Coelho já colocou uma faixa na frente do seu estabelecimento comercial oferecendo recompensa de R$ 1000 para quem achar o cão. Ele disse que Korus possui uma tatuagem interna na orelha esquerda com o código SP2605Y. Quem tiver informações pode entrar em contato pelos telefones: 3233-6602 ou 7806-2477. Chip Se o pastor alemão tiver pedigree, já tiver conquistado campeonatos de exposição e não possuir doença genética, o valor do animal pode variar de R$ 1,2 mil a R$ 3 mil, diz o veterinário Eduardo Filetti. Diferentemente de anos atrás, o País já tem mais raças, e isso contribuiu para a queda de preço. Com mais oferta, explica o veterinário, é natural que o valor sofra redução. Filetti afirma que é mais comum furto de gato do que de cães. O felino preferido é o persa, que varia de R$ 500 a R$ 2 mil. “Vale o ditado. Quando o gato está magro, ninguém quer. Quando fica gordo todo mundo gostaria de ter”. O veterinário conta qua atualmente existem recursos como chip eletrônico e tatuagem colocados nos animais que ajudam a identificar os donos. Donos podem fazer RG do animal Uma espécie de RG Animal já está em funcionamento desde o fim de março em Santos. O documento foi batizado de RGA (Registro Geral de Animais), e a intenção da Prefeitura é arquivar o registro de todos os animais domésticos da Cidade. Os registros podem ser feitos na Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Avenida Nossa Senhora de Fátima, 375), de segunda a sexta-feira, das 7 as 15 horas. Para o registro, o proprietário precisa apresentar RG e CPF, comprovante de residência e carteira de vacinação do animal, e pagar a taxa de R$ 5. Previsto e obrigatório por lei, a Prefeitura espera que o RG Animal facilite o programa de Posse Responsável, sendo a base para dados como número de cães e gatos com proprietários.