Impróprio até no nome, o Serviço de Apreensão de Animais e Combate às Pragas, da Prefeitura Municipal de Santos, reacendeu, no final de julho, a polêmica sobre os cuidados dispensados aos animais abandonados da cidade. Tentando levar ao pé da letra o superado Código de Posturas, de 1968, que proíbe cães e gatos soltos nas vias públicas, os funcionários do setor tem agido com truculência, capturando e confinando os animais – levando-os, em seguida, ao sacrifício. A política do setor não é inédita e já foi denunciada seguidas vezes pela comunidade, tendo como líder o médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti. Ao invés de soluções, porém, Filetti se viu forçado a dar explicações, convincentes aliás, ao Conselho de Medicina Veterinária. Afinal, sem ser utópico, o profissional defende métodos humanos no trato com os animais, sugerindo um esquema de doação e o término das matanças em câmaras de gás. O que se observa, na verdade, é a necessidade de uma política séria e profissional para o setor, com métodos modernos de manejo desses animais em vias públicas e, até, a mudança do nome para Serviço de Proteção aos Animais.